Você consegue imaginar sua vida sem cartões de crédito?
Entenda quais são as tecnologias empregadas nos pagamentos realizados com cartões de crédito.
Nem todo mundo entende como são realizados os processos de transação bancária por cartões de crédito. Mas antes de explicar o funcionamento das transações entre consumidores e comerciantes, vamos entender um pouco mais do funcionamento dos cartões.
O que são as numerações?
Já reparou que os números dele não fazem nenhum sentido com relação aos números da sua conta e agência? É porque todos aqueles algarismos seriados na verdade não representam seu cadastro na sua agência, mas o seu código e o do seu banco em relação aos registros mundiais das empresas de crédito.
Por exemplo: caso seu cartão de crédito comece com o número “4984”, você possui um cartão Visa por meio de uma conta vinculada ao Banco do Brasil. Os dois próximos algarismos também fazem parte da identificação bancária, mas eles podem variar de acordo com a necessidade da verificação.
O que é essa verificação? Há uma série de cálculos que são realizados para que a criação dos cartões não fuja de um padrão. Multiplicando todos os algarismos de locais ímpares por dois, separando os resultados que passem de 10 (16, por exemplo, torna-se 1 e 6) e somando os algarismos de locais pares. O resultado final precisa ser múltiplo de 10.
Logo após estes seis primeiros numerais, há mais 7 algarismos que representam o cadastro do portador nos registros da bandeira. Por último (em cartões com 16 algarismos) vem o digito de verificação, que é muitas vezes pedido em compras virtuais ou cadastros para serviços que exijam a inserção de cartões.
Um detalhe que é interessante ser observado é a representação do primeiro número dos cartões. Ele representa o tipo de instituição que realiza a mediação entre consumidor e empresa de crédito:
1: alguns setores da indústria;
2: empresas aéreas;
3: empresas áreas e indústria relacionada;
4, 5 e 6: instituições bancárias;
7: empresas de petróleo;
8: telecomunicações;
9: empresas nacionais.
Faixas magnéticas: quase aposentadas
Por baixo da parte visível, há três linhas magnéticas que são responsáveis pela codificação dos dados bancários dos correntistas, por exemplo. Estas linhas dividas em muitas pequenas barras que são magnetizadas para sul ou norte, fazendo com que cada conjunto represente uma numeração diferente.
Grande parte dos terminais eletrônicos, instalados em estabelecimentos comerciais, ainda possui suporte para a leitura das faixas magnéticas (aquelas que ficam na parte traseira dos cartões). Mas com o passar do tempo, estas faixas vão perdendo a importância, pois grande parte dos bancos as está trocando por chips.
Chip: mais segurança para você
Alguns cartões possuem também chips em um dos lados do plástico e nele ficam armazenados vários dados criptografados pela fabricante. Sempre que for utilizado para realizar alguma compra, os dados são cruzados com as informações enviadas pelas instituições bancárias para que haja mais segurança na transação, ou seja, menos chances de clonagens.
Há várias vantagens dos chips sobre as faixas. A principal delas está na necessidade de senha para ativação. Cartões de crédito mais antigos só precisavam da parte física e de uma assinatura para serem aceitos. Hoje, a assinatura é dispensada, mas em troca surgiu a exigência do código de ativação para cruzamento de dados e posterior autorização.
Depois da senha: a transação
Assim que o botão verde dos terminais eletrônicos é apertado, uma série de ações são realizadas para que o banco autorize a sua compra. Primeiro, o terminal envia dados criptografados com a senha de acesso do cartão utilizado até a central da empresa que forneceu o crédito utilizado (Visa ou MasterCard, por exemplo).
Caso seja aprovada a compra, a informação é redirecionada para o terminal do estabelecimento e o portador pode ir para casa com sua nova televisão, outra vez um exemplo. Assim termina a função do consumidor, que só volta à cena na hora de pagar sua fatura do cartão de crédito.
Mas a movimentação financeira ainda não terminou, pois o vendedor não pode ficar apenas com um comprovante de compra, ele precisa de dinheiro para manter seu comércio. Por isso existem os passos que não são acompanhados pelo comprador, mas que são a parte mais importante de todo este processo.
A empresa de crédito repassa o valor da compra para a conta do vendedor (com os descontos do serviço já efetuados). Caso o consumidor não pague sua fatura, o fornecedor do crédito fica no prejuízo. Por isso são cobrados juros sobre cada dívida não paga pelos assinantes do cartão.
Esses juros, somados às pequenas porcentagens sobre cada transação realizada, são responsáveis pelos lucros que MasterCard, Visa, American Express e outras empresas deste ramo possuem.
Como funciona a transmissão dos dados?
Você já deve ter notado que as transações em terminais eletrônicos demandam a utilização de máquinas especialmente criadas para estas funções. Não é possível utilizar computadores para isso (apesar de iPods e iPhones serem compatíveis com aplicativos para transações bancárias com cartões), pois os mesmos não possuem estrutura para a criptografia dos cartões.
Pela linha telefônica, os dados são enviados até a central financeira e, se aprovada a transação, novos dados são enviados como resposta até o terminal. Em suma, o processo é bastante similar à utilização da internet, mas em vez de os dados passarem por servidores, a ligação é mais direta: loja e empresa de cartões.
E os cartões de débito?
O funcionamento dos cartões de débito é basicamente igual, mas contam com um passo a mais. Em vez de pararem na empresa que fornece o crédito para os portadores do cartão, esta empresa repassa as informações para os bancos, que informam a existência ou não de saldo ou limite suficiente na conta do correntista.
Se houver, a transação é completada e o dinheiro é enviado da conta do comprador para a conta do vendedor. Não havendo, a transação é reprovada e o consumidor não pode terminar a compra que estiver fazendo.
Cuidados são necessários
Apesar de facilitar as compras pela internet, sempre existe o medo de que os cartões utilizados sejam clonados. Por isso, é de suma importância que todos os passos de segurança sejam seguidos da maneira mais racional possível. Recomenda-se a utilização de serviços como o PayPal quando transações forem realizadas com contrapartes desconhecidas.
Esperamos que todos tenham compreendido o funcionamento destes pequenos pedaços de plástico. Apesar do tamanho, são de suma importância para a movimentação do mercado mundial.
Fonte: http://www.tecmundo.com.br/infografico/8058-como-funciona-o-cartao-de-credito.htm
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